Para quem gosta de ler livros online
Aqui vai a minha primeira dica do blog, aproveita para dar uma olhadinha na nossa estante Livrológue-se agora.
Lá temos mais opções de romance de fantasia, entre outros gêneros e subgêneros em geral. Este é um trecho do primeiro capítulo do livro, O Chamado das Águas, em outro momento postarei a continuação até o fechamento do capítulo um.
Capítulo Um
Essa não é uma história de amor a qual alguém encontrou o
esperado príncipe encantado e viveu feliz para sempre. Mas aí você me pergunta:
então que raios de história é essa? Calma aí, eu vou te responder! Mas
primeiro, para que você possa entender do que se trata, O Chamado Das Águas,
deve escutar toda a história.
Que talvez nem seja, assim tão interessante, mas acredite, essa é a realidade de alguém que descobriu que, o verdadeiro amor, nem sempre está em encontrar alguém, mas sim, em saber ouvir o verdadeiro chamado de seu coração.
Que talvez nem seja, assim tão interessante, mas acredite, essa é a realidade de alguém que descobriu que, o verdadeiro amor, nem sempre está em encontrar alguém, mas sim, em saber ouvir o verdadeiro chamado de seu coração.
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Nasci nas profundezas do rio amazonas no Extremo Norte do
Brasil, em um lugar que os humanos chamam de Amapá. Você deve estar se
perguntando que espécie de criatura eu sou, já que não vivo na terra e sim nas
águas. Bem, meu povo não é tão diferente da espécie humana. Assim como os
humanos, nós somos mamíferos, a diferença, é que dentro das águas nossa
aparência se adapta segundo nossas necessidades que são as mesmas de um peixe.
Meu nome é Iarina, bem, não vou dizer minha idade, mas
saibam que se eu fosse humana, já seria uma idosa; mas entre meu povo, eu estou
no período de transição entre a adolescência e a fase adulta, ou seja, não sou
nem adolescente e nem adulta. E para mim está sendo um martírio não saber lidar
com as mudanças que essa fase de transição traz. Já não vejo mais as coisas do
mesmo jeito como via antes, tenho muitas perguntas e poucas respostas,
responsabilidade, mas quase nada de liberdade. Meu pai me diz o que eu devo ou
não fazer, mas não liga para o que realmente quero, e nem como me sinto de
verdade.
A história que vou contar agora, se passa na cidade de Serra
do Navio, a região é rica em florestas tropicais densas e terra firme. A cidade
destaca-se também pelo clima, a temperatura é sempre amena por estar localizada
em uma região de serra. No período de inverno chega aos 15°C, e é quando as
neblinas ficam bem mais densas, não permitindo a visualização a mais de seis
metros.
Em suas adjacências
existem várias comunidades, cercadas por florestas grandiosas, belos igarapés
de águas ferruginosas e vários braços do majestoso rio amazonas. Entre elas, um
lugar chamado, Pedra Preta do Amapari. Nas noites de Lua Cheia, eu gosto de
correr sobre a imensidão de pedras que se espalham por uma vasta parte do rio
Amapari. As pedras são planas, com algumas partes em médio relevo aqui e ali,
não são lisas e nem escorregadias, pelo contrário, são bem ásperas. Por várias
vezes cheguei a machucar a sola de meus pés ao correr por sobre elas, mas isso
nunca me preocupou, afinal, quando entro nas águas, me curo rapidamente. Embora,
por meio de concentração mental, minhas pernas e pés desapareçam para dar lugar
a uma enorme cauda de peixe na cor cinza e brilhante barbatana de cor vermelha.
Foi em uma dessas noites, sentada sobre uma pedra,
balançando minha cauda na água, vendo a luz do luar refletir na luminescência
de minhas barbatanas, que vi pela primeira vez, um casal de humanos fazendo
amor. E foi naquele momento que eu soube que o que eu queria, não estava nas
profundezas dos rios.
Fiquei observando aquele feliz casal se amar, ora rindo
alegremente, ora gemendo e sussurrando palavras doces e juras de amor no ouvido
um do outro. Eles estavam entretidos demais com que estavam fazendo, por isso
eu sabia que não perceberiam a minha presença, embora a noite estivesse
bastante clara naquele momento. Não estávamos no período de inverno, e não
havia neblina naquela agradável noite; mas com certeza lá pela madrugada, já
estaria tudo cercado e não seria mais possível enxergar meio metro a diante...
Amei, quero continuação pra ontem!!!
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